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"O AMOR FAZ NASCER FLORES EM LUGARES DESCONHECIDOS E DESPERTA A LUZ ONDE PODERIA HAVER TREVAS"


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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lembranças


 

 A chuva fina cai lá fora,e o menino Juan de dentro do seu quarto ,observa atentamente pela janela as gotas que molham o jardim.
    O cheiro de bolo de fubá perfuma o ar, o relógio anuncia que já são três horas da tarde e que logo a sua mãe o chamaria para tomar o café.
   As lembranças que passeiam em seu pensamento, o leva para um passado distante,fazendo a saudade invadir o seu pequeno coração.
    Juan lembra com detalhes da sua avó que faleceu a um ano, e sem forçar o sentimento as lágrimas molham a sua face angelical.
    A chuva fina continua, e sonhando acordado ele regressa até o sítio Monte José onde várias vezes ao ano, o menino viajava com a sua mãe afim de encontrar a "vó" Maria.
    Eram viagens tranquilas, e uma estrada de terra batida as vezes com poeira, apresentava ao seu olhar paisagens deslumbrantes.
    Pequenas matas virgens se destacavam entre as pastagens, onde o gado andando em grupos se alimentavam dos capins formosos.
    Na entrada da fazenda uma porteira muito bem feita e envernizada, era o símbolo de um lugar mágico. Acima da porteira podia se ler em uma placa amarela o nome "SÍTIO MONTE JOSÉ".
    O sítio carregava este nome por causa de um monte florido, que situado as margens de um córrego límpido, tinha em sua base as ruínas de uma casa,aonde outrora havia morado o velho José, que tinha sido o primeiro proprietário do lugarejo.
   Após a porteira ,o caminho também de terra fazia algumas curvas entre a plantação de milho, e lá ao longe podia se ver a fumaça saindo pela chaminé da casinha da "vó" Maria.
   Ela sempre os esperavam na varanda do casebre com aquele sorriso magnifico, que tinha o poder de acabar com qualquer tristeza e colocar a paz nos corações.
   -Oi minha vozinha,"tá" tudo com bem com a senhora-perguntava o menino abrindo os braços para abraça-la.
   -Oi meu danadinho, a "vó" está ótima ,e muita melhor com a sua presença.
   -O que a senhora fez para a gente comer?
   -Aquilo que você mais gosta,e sabe o que é?
   -É claro né "vó", bolinho de chuva!

   As lembranças não saem da memória do menino,e enquanto isto a chuva fina cai lá fora.

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