As aventuras de Billy & Till (1º Parte) O enigma da pedra azul. (Esta é uma obra fictícia)

-Billyyyyyy,-grita a mãe muito nervosa com o filho que estava na rua- vem almoçar pra você ir pra escola!
-Eu já vou mãe,só espera eu ganhar mais uma figurinha do timão.
Billy estava jogando o famoso joguinho de "ABAFO" com Henrique onde as crianças apostam figurinhas colocando uma sobre as outras com as faces viradas pra baixo e assim uma criança por vez bate com toda a força com a palma da mão em cima das mesmas e as figuras que ficarem de face voltada para cima ficam pertencendo ao jogador que as virou.
-Só vou espera mais cinco minutos-retorna a mãe Augusta ao seu filho único.
-É rapidinho mãe.

Numa jogada de mestre Billy consegue virar todas as quatorze figuras que estavam no jogo. Pega elas e se despede de Henrique que começa a chorar por ter perdido as suas figurinhas mais valiosas como a do Roberto Carlos do Corinthians.
Ao entrar no portão de casa,Billy quase pisa no seu cachorro de estimação da raça Border Collie preto e branco que atende pelo nome de Till e é extremamente inteligente,também não era pra menos,pois esta raça é considerada a mais inteligente do mundo e Billy tinha ganhado ele do seu padrasto Alberto.O cachorro olha espantado para Billy,mas se afasta bem rápido.

Billy comenta com a mãe:
-Mãe,olha só quantas figuras do campeonato brasileiro eu ganhei, Agora só falta a do Ronaldo pra eu completar o timão
.-Para de besteiraiada menino e tome um banho,e almoce pra você ir pra escola.

Billy obedece a mãe e vai tomar banho.Augusta era uma mulher de quarenta e dois anos,mas aparentava cinquenta por causa dos trabalhos pesados que realizavam diariamente para sustentar o seu filho Fábio que era conhecido nas redondezas pela alcunha de Billy.Eles moravam numa casa alugada na periferia da cidade de Batatais e era uma moradia bem modesta que continha dois quartos, um banheiro e um grande cômodo onde servia de sala e cozinha.

Augusta era costureira,faxineira,e passava roupa na casa da Madame Zulu,mulher rica que morava no chácara Flora.Billy era um menino de treze anos de idade,muito magro,face arredondada,olhos castanhos escuros,conversava bastante,arteiro e desobediente e tinha como marca registrada um boné sem aba da cor azul que ele não tirava da cabeça por nada neste mundo.Após tomar o 'banho de gato',Billy passa pelo fogão a lenha,cata o seu prato e senta no sofá para almoçar enquanto a sua mãe dava as broncas de sempre:
-Quantas vezes preciso te falar que tem que rapar o chão do banheiro e jogar a roupa suja no cesto e que é para enxugar os pés pra não molhar toda a casa.

Billy nem da atenção para a mãe,porem outro plano infalível vem a sua mente e pensa:
-Hoje eu não vou á escola não e sim vou pegar peixinhos la no córrego da mata pra colocar no meu aquário.Eu troco de roupa e falo pra mãe que estou indo pra escola e lá da esquina eu assobio pro Till e ele vai comigo -e começa a rir sozinho.
-Do que você esta rindo seu bobalhão?-pergunta a mãe
Sem parar de rir responde Billy:
-Não é nada não mãe.
Billy acaba de almoçar troca de roupa e feito vento despede da mãe e sai correndo,pega um peneira no quintal e abre o portão,mas não fecha para que Till pudese sair.Ao chegar á esquina busca toda a energia do seu jovem pulmão e solta um assobio que no mesmo instante Till ouve e feito um canguru sai pulando e em disparada chega na esquina onde encontra seu dono que começa a acarinhá-lo:
-Eu sabia que você vinha meu cachorrinho. Agora Till nós vamos la pra mata catar peixinhos ta.

Todo alegre Till balança o rabo e acompanha Billy rumo as suas travessuras.A mata ficava a uns quinhentos metros da cidade e era pequena e um córrego estreito a cortava ao meio.
No caminho da mata Billy encontra Henrique seu amigo de infância e tenta fazer a cabeça dele para acompanhá-lo na mata:
-Oi Henrique,vamos lá na mata catar peixinhos?
-Você esta louco. Hoje tem prova e eu vou é pra escola e se você perder a prova você vai repetir de série e Alberto vai te bater de novo.
-Eu não estou nem aí com aquele velho caduco e se você não vem,vai eu e o Till. Vai pra escola seu CDF.
-Vou mesmo.
Henrique vai pra escola e Billy continua a caminhada rumo a mata.Chegando ao tão sonhado córrego milhares de peixes coloridos se divertem na água sem notar que do lado de fora Billy esperava a hora certa para dar o bote perfeito.
Numa fração de segundo o menino travesso tira a roupa da escola e pula dentro do córrego que não era fundo e afundando a peneira na água captura um monte de peixes que amontoados não podiam fazer nada a não ser esperar pra ver o que estava acontecendo.
Billy comemora e Till começa a correr de um lado para o outro em sinal de alegria e foi então que Billy percebeu que não tinha um lugar para colocar os peixes e se irrita consigo mesmo:
-Mais que porcaria,como eu fui esquecer do balde.-reclama Billy.
Till começa a latir e aponta com o focinho rumo a um sinal de fumaça que saia de uma chaminé da casa do outro lado da colina.
Billy veste as roupas e fala:
-Como você é esperto Till,vamos até lá e pegamos um balde e voltamos pra catar os peixes.
Os dois saem correndo no meio da mata e em cerca de dez minutos estavam na cerca que rodeava o casebre feito de madeira e aspecto assombroso.
Assim que Billy atravessa a cerca ele ouve um barulho pisoteando a mato alto e quando se vira vê que detrás do casebre um enorme boi de varias toneladas saía e vinha muito rápido em sua direção e sem pensar duas vezes o menino retorna para o lado de fora da cerca.
-Que saco viu. Como que vou me livrar deste boi assassino.-Comenta Billy.
Sem o menino perceber Till atravessa a cerca e começa a latir pro boi que enfurecido começa a perseguir o cachorro que vai driblando-o e leva o bovino bem distante da casa e Billy agindo de forma rápida e segura pula a cerca,corre pro casebre e logo na entrada vê varias latas de tinta vazia. Pega uma lata e volta correndo e pula a cerca.
Novamente assovia forte o seu cachorro retorna latindo atendendo o chamado do seu dono.
-É isso aí meu amigo- sorrindo muito Billy continua-não sei o que seria de mim sem você por perto.
-AU-AU-AU-AU-responde Till satisfeito ao ver seu dono feliz.
Os dois retornam ao córrego e Billy pega a peneira e espera a hora certa para pular na água só que desta vez os peixes estava espertos.O menino pensando ser o momento exato para capturar os inofensivos peixes tira a camisa e a bermuda e pula na água só que desta vez em vão,pois os peixes nadam ligeiramente dando um baile em Billy que começa desesperado a afundar a peneira na água até que a peneira engastaia no fundo do córrego e Billy tenta se esforçar sem êxito ao tentar retirar a mesma da água.
Billy chama o cachorro:
-É Till você vai ter que me ajudar a tirar esta 'giringonsa'.
O cachorro interpretava os olhares do dono entra na água mordendo a peneira e começa a puxar e Billy vendo a atitude do seu amigo pega a peneira e ambos puxam com força e a peneira se desprende do fundo do córrego só que junto a ela vem uma enorme pedra preta e oval parecendo um ovo de Páscoa cheia de lodo e mato.
-Que praga será esta em Tiil?
Billy pega a pedra chacoalha e percebe que dentro dela tem algo solto que fazia um barulho estranho quando batia nas partes inferiores da pedra oval.
-Já sei Till,nós vamos quebrar esta pedra pra ver o que tem lá dentro.
Ele sai de dentro da água coloca a estranha pedra deitada no chão e cata uma pedra maior e arremessa em cima dela mas nada acontece.Tenta inúmeras vezes e nada.
Tiil se aproxima da pedra e enfiando a cabeça embaixo dela a coloca em pé e Billy joga a pedra maior com violência e assim que as pedras se encontram a de baixo reparte no meio certinho e sai rolando de dentro dela uma pedra azul em formato de pirâmide.Era a pedra mais linda e reluzente que Billy já havia visto e ela emitia uma luz que aprisionava os olhos de Billy e Till aquela raridade.

Que pedra seria esta?

De onde ela teria vindo?

Quais forças ela possuía?

E aquela luz?

Porque o menino e o cachorro não conseguiram parar de olhá-la?

Qual será o enigma da pedra azul?----------->Tem continuação.